Desfile Cívico

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Essa é pra recordar...

Bem gente, não sou poetisa, mas o PETI me ensinou muitas coisas boas, dentre elas a fazer rabiscos. Em 6 anos que estive por lá, muito aprendi, vivi, compartilhei... E o Projeto Baú de Leitura foi marcante nesta caminhada. Foi através dele que fiz esta poesia, baseada no livro Os Rios Morrem de Sede de Wander Piroli.

Eu era um garoto feliz
Meu pai era pescador
Que me contava histórias bonitas
Das pescas com meu avó

Ouvia com muita atenção
As histórias das farturas dos peixes
O rio largo, profundo e limpo
E tudo muito mais verde

Eu queria poder conhecer
Este lugar de tanto prazer
Que trazia alegria pra casa
E o povo feliz a viver

Meu pai queria relembrar
Me mostrar como tudo funcionava
Na estação pegamos o trem
Na ansiedade, um gole da cachaça

Minha mãe preparou o café
Meu pai, o anzol e as linhadas
No caminho com as varas na mão
De longe tudo se avistava

Ao aproximar observamos então
Que tudo estava diferente
O caminho se tornou deserto
E o povo muito descontente

A lama seca deixou a marca
Do que antes a água era pura
Ficou o vazio no pescador
E tornou a vida mais dura

A tristeza bateu nos olhos
Do meu pai que não disfarçava
A única água que existia
Era da lágrima que em seu rosto rolava

Foi assim que tudo acabou
O homem destruiu o verde
E achando que isso foi pouco
Foi que o rio morreu de sede

Leide Rios (2007)

Fica a mensagem de reflexão para todos, a destruição ambiental não causa apenas prejuízos materiais, naturais... Causa também um vazio naqueles que viveram em meu ao paraíso...

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